terça-feira, 20 de outubro de 2009

Água Contida

Eu, chorando; com essa cara toda amassada; com esse olho em carne viva, retalhada e esse nariz que não pára de escorrer.

Eu, chorando; tão previsível quanto areia no deserto; mais patético sem ninguém por perto; tão imenso que não dá mais pra conter.

Então sai, deixa correr; toda a água contida.
Então sai, deixa correr; toda mágoa velada é água parada... e uma hora transborda.

Você pode não entender se às vezes fico pelos cantos; um tanto quieta, recolhida, mergulhada no meu pranto; é que ele me liberta na hora, no momento em que eu boto pra fora, o que já não me serve vai embora; E assim, eu fico leve.

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